quarta-feira, 8 de junho de 2011

Onças-pintadas são mortas atropeladas.

Matéria do site da APOENA

Onças-pintadas são mortas atropeladas

     Laury Cullen Jr  

O excesso de velocidade, a falta de conscientização dos motoristas e a inexistência de redutores de velocidade e placas de sinalização na SP 613 (rodovia Arlindo Bétio) estão ameaçando a sobrevivência das onças-pintadas na região oeste de São Paulo. A denúncia é do pesquisador Laury Cullen Jr.  que há quatro anos coordena o projeto Detetive Ecológico, pioneiro no estudo de carnívoros no Parque Estadual do Morro do Diabo e apontado como uma referência internacional para os estudos de ecologia de mamíferos. 
De acordo com o pesquisador, a Panthera onca (nome científico da onça-pintada) pode desaparecer do Parque Estadual do Morro do Diabo num prazo de cinco anos, caso seja mantida a média anual de três mortes provocadas pelos atropelamentos naquela Rodovia. “A primeira conseqüência é a quebra da cadeia natural provocada pela falta de predador que fará com que haja um crescimento desordenado dos animais que são caçados pela onça como a  capivara, paca e tatu, entre outras espécies”, explica. 
Segundo cálculos do pesquisador, a dimensão do Parque do Morro do Diabo (37 mil hectares) tem um potencial para abrigar 40 onças-pintadas mas este número não chega a 10 indivíduos, em virtude principalmente dos atropelamentos que estão reduzindo a população. 
“De 1994 até o ano passado, 22 onças-pintadas foram atropeladas na rodovia. Nesse número estão descartadas as mortes naturais e também ficam de fora os felinos que são mortos mas não encontrados”, explica Cullen Jr. 
Programa - Desde a implantação, em 1997, o programa Detetive Ecológico monitorou 20 animais, entre onças-pintadas, onças pardas e jaguatiricas. Do total, 6 são onças-pintadas e 4 delas, isto é 65%, foram mortas. Na opinião do pesquisador, a população da Panthera onca está se aproximando de um número crítico, do qual pode não haver retorno, por causa do empobrecimento genético. ‘‘Os predadores de topo de cadeia atuam como fator de controle sobre o que vem abaixo deles. É como se fosse um filtro, que força todas as espécies a melhorarem geneticamente. A perda da onça-pintada é irreparável’’, afirma Cullen Jr.
Para ele, a solução para eliminar o perigo de extinção, é resolver o problema da alta velocidade nessa rodovia e, mais especificamente, a urgente implantação de redutores de velocidade, alambrados e túneis nos pontos mais críticos de passagem desses animais. O Ministério Público local e regional entrou na luta contra os danos causados pelos atropelamentos e está exigindo que o DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem) implante um programa preventivo para acabar com a matança de onças na estrada que corta em 12 quilômetros o interior do Parque. ‘‘Tem que levar o assunto a sério, para pelo menos segurar essa tendência drástica”, conclui o pesquisador.
De  acordo com o promotor regional de meio ambiente, Nelson Bugalho, a ação proposta pelo Ministério Público manifesta preocupação com a segurança das pessoas, já que o atropelamento contra um grande animal pode representar também perigo de vida para os motoristas.  Segundo ele, as medida propostas pelo MP, visando a segurança dos animais e das pessoas, procura conciliar os aspectos da legislação de trânsito e da unidade de conservação, “o que representará ganho para todos – gente e natureza.”



10 comentários:

  1. coitadas das onças ! fico triste por elas ! :(

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  2. Um animal racional, assassinando um irracional, qual dos dois é mais burro e ignorante...nossa que revolta que da essas coisas viu

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  3. As pessoas sabemque os animais costumam ter que atravessar pra procurar abrigo e alimento e etc....Pq nós entramos e tomamos o habitat deles e não tem a mínima consciência de tomar certos cuidados pra não prejudicá-los ainda mais né....muito triste,não é atoa que estão sumindo e daqui a pouco não vão mais existir só o homem mesmopra estragar as maravilhas de Deus...

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  4. Tem acabar e com essa rodovia e punir eses motoristas que nao tem noçao doque estao fasendo a onça e um animal maravilhoso e nao pode acabar de maneira nenhuma nao e ela que esta invadindo o nosso espasso mais sim os seres humanos que estao invadindo o espasso delas nao podemos deichar que nossos filhos e netos so conheçao a onça pintada por videos ou por fotos porque e isso que vai acontecer se a onça pintada acabar e isso nao pode acontecer jamais.

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  5. CADÊ OS BACANAS QUE SÃO OS MAIORES PROFISSIONAIS QUE DIRIGEM O MORRO DO DIABO?
    VIVEM CANTANDO DE GALO, SALVADORES DO PARQUE...
    FAÇAM ALGUMA COISA!
    NAO APENAS FIQUEM ESPERANDO $$$$$$$$$$$ DAS COMPENSAÇÕES PELOS ATROPELAMENTOS....VERGONHA....
    O IPÊ TEM QUE AJUDAR A CUIDAR DO MORRO COMO SEMPRE FIZERAM...
    E NÃO TINHAM TANTO RECURSOS COMO TEM HOJE...
    FAZER O QUE DAR TEMPO AO TEMPO....

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    1. Primeiramente a matéria contém informações não verdadeiras, pois se foram atropeladas 6 onças-pintadas, cadê as carcaças e registros oficiais? Não acredite em tudo que lê, pois pode ser matéria paga!Ademais, a ong IPÊ ingeria no Parque sem nada investir, pelo contrário, ganhando os louros e recursos e utilizando o Parque como vitrine. Você como Anônimo deveria ao menos ter coragem de se identificar para assim podermos esclarecer o "feitos" desta ong no Parque. Somos Estado e por isso hoje o Parque é para todos! Andréa Pires - Resp. exp

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    2. A todos aqueles que acessaram ou acessam e leram as baboseiras e injúrias citadas por estes que se identificaram como "anonimo", dedico as letras a seguir.

      Excetuando, é claro, o tal "anonimo", que não merece ser considerado pelo fato de não existir de fato, um desafeto do bom convívio social, um covarde digno de pena, a quem recomendamos sério tratamento mental.

      Salve a liberdade de expressão!

      Pessoal, um Parque não é só conservação de fauna e flora, há muito mais assuntos envolvidos. Mas esta missão a temos cumprido muito satisfatoriamente, com o auxilio e gratificante participação de muitos parceiros sérios, que nos auxiliam a manter a integridade da área, juntamente com todos os dignos trabalhadores que lá estão.

      As pesquisas desenvolvidas no Parque aumentaram em número, diversificação e qualidade, sendo que muitas das informações geradas são usadas no programa de uso público, que inclui a educação ambiental.

      Hoje o Parque é uma realidade efetiva na vida dos Teodorenses e de centenas de outros municípios que já nos visitaram. Até 2004 recebíamos 4000 pessoas; em 2012 atendemos pouco mais de 25000, mais de 600% de aumento, proposta na qual vamos continuar a trabalhar no escopo de uma educação ambiental para todos e investimento em projetos e propostas de ecoturismo para o desenvolvimento sustentável local/regional.

      O PEMD caminha de modo satisfatório, ainda que com as dificuldades inerentes ao serviço público. Entretanto, políticas públicas eficazes relativas e incidentes sobre o "pagamento por danos ambientais provocados por empreendedores públicos e privados" incidem sobre o Parque, as chamadas Compensações Ambientais. Isso graças a uma gestão propositiva e de resultados que hoje se realiza.

      Pena que os recursos sejam poucos, para o que se exige criatividade, mas com a vantagem de serem fiscalizados em sua integralidade pelo poder público. Afinal, somos Estado, como bem já se disse.

      Temos conseguido levar adiante uma boa empreitada, participativa em primeira instância, mas precisamos de mais ajuda, e todos os leitores interessados podem nos procurar se desejarem ser voluntários no Parque. Temos um programa para isso.

      Sobre Ipê, o parque está com todos em flores, roxas e amarelas nestes dias. Sugiro admirá-las.

      Por último, sugerimos que o pessoal do setor de turismo da Prefeitura Municipal de Teodoro Sampaio, instituição parceira do Parque, busquem filtrar as matérias que vão divulgar no blog, pois o caso das 22 onças atropeladas no Parque é fetiche ou imaginação, tema que já foi devidamente esclarecido pelo pesquisador citado, mediante interpelação pelo poder público.

      Bem, a todos o nosso forte abraço. Estamos lá na gestão do Parque e abertos a receber quem desejar.

      Adiante sempre.

      Helder de Faria, Engenheiro Florestal Dr., Pesquisador Científico VI, gestor do Parque Estadual do Morro do Diabo

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  6. Eu tb gostaria de saber?
    IPê neles....
    A Reserva do Morro poderia ser bem melhor...
    Eles falam (OS CHEFõES) que cuidam, conversa com o pessoal... tem muitos funcionários sem dente por lá...COITADOS,,,

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    1. O fato dos funcionários não terem dente é problema de cada um e não do Parque.
      Não somos os CHEFÕES, como você ANÔNIMO, coloca de maneira pejorativa. Caso queira esclarecimentos, pode ir até a sede do PEMD e teremos o prazer de esclarecer.

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    2. A pessoa é tão mal informada sobre o que realmente acontece no PEMD, que tem necessidade de seu post sair anômino devido a tanta besteira e falta de informação. Seria para não passar vergonha pelas besteiras ditas? ou pela falta de carater mesmo de assumir o que diz?

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